sábado, 4 de outubro de 2014

Mas, enfim, o que eu (se) busco (a)?

A dor física me trouxe hoje de volta, sinto algo no corpo, dói, mas sinto pior na alma, não dói, apenas confunde.

Os primeiros caminhos vieram certeiros, diretos em vias curtas (?) que me fizeram nadar ao longe, longe o suficiente para perder a vista das margens, chegar ao meio, chegar ao fundo, chegar àquilo que não se sabe onde é, que te faz perder que te faz ter vontade de voltar e voltei.

A esperança era de que os pés firmes novamente à terra me fariam sentir a segurança de estar lúcido, maduro, mas assim não o é.

Estou aqui, olhando a imensidão, vendo os lugares todos que percorri e não encontrei a chegada, mas ao fim, será que existe tal lugar? A certeza, que já não é tanta, é a de que é o caminho que importa, não para onde se está indo, a vida acontece em cada braçada do nadar.

Alimente a alma com aquilo que lhe faz bem.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sentido

A última postagem data a mais de um ano. Apesar do desvio de conduta e da distância do digitar das palavras, retornei a essas palavras algumas vezes durante este período e continuo reconhecendo a cada uma delas.

Noto que apesar de jogadas elas sempre trazem algum sentido, ilustram de maneira calma e tranquila os processos pelos quais eu passava.

Hoje, um ano depois, os conhecimentos se aprofundaram pouco e certezas viraram incertezas, o inverso é válido, mas em magnitude muito menor.

Traçar as palavras com clareza seria um exercício louvável, mas não traria a carga que eu gostaria que trouxesse. Um belo trade off, quanto vale a compreensão externa para as questões internas?

Trate de resumir em poucas palavras as sabedorias minúsculas. Não se prenda aos títulos nem às honrarias. Busque o seu "eu compreendido" que encontrarás o mundo como platéia.


sábado, 28 de maio de 2011

Um livro, uma caneta e um copo de leite

Na noite de um sábado há de se abster de algumas provocações correntes. O frio é capaz de trazer a calmaria necessária para recuperar-se o sono perdido e inibir as alterações de humor, centralizar pensamentos, focar na semana que há de chegar.

Leia um bom livro, escreva as palavras que dizem muito em poucas letras. Saia de si e volte sem sair do lugar.

No final, beber um copo de leite nutre a noite para aguentar todos os outros dias.

Have a nice evening. And take a trip.

domingo, 15 de maio de 2011

Apenas aos interessados.

Redução às particulas sábias,
Nada se diz quando não há alguém para escutar,
Leiam e escutem isto com cuidado.

Existem estórias, fábulas, críticas e pílulas,
Não sei nada sobre as primeiras, e sobre a última, gosto de brincar.
Não busco me fazer ouvir e, até hoje, não buscava compartilhar.

Ferramenta perigosa sobre o gancho da alucinação as palavras constroem e destroem,
Isto é apenas um jogo, apenas uma brincadeira. Quer brincar?

sábado, 14 de maio de 2011

Segredos

Ao se provar de uma amizade busco a prova de que ela existe. O equívoco está na necessidade sobre a sinceridade. Ou não seria tal?

Um segredo é sempre parte duas pessoas, sempre há a possibilidade de ser descoberto, não se desvirtua sozinho, sempre há a companhia certa para o momento errado.

Para uma boa amizade resta a pergunta: contar ou não contar? Correr o risco da descoberta é a dúvida que recai sobre aquilo que se chama de amigo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Descompasso

Descompasso em ser, descompasso no pensar. Tu és a certeza das incertezas que eu sinto. Ah! As incertezas.

Meu caro amigo

Quando cheguei em casa na minha primeira sexta feira do mês senti sua falta. Senti que por mais que eu me divertisse ou ficasse chateado sabia que não teria meu irmão do meu lado pra me ouvir falar as maiores asneiras e os meu maiores delírios e compreender. Somente isso, compreender.
Ontem senti sua falta, senti saudade das nossas conversas e da nossa sinceridade aguda, agressiva, debochada. Senti que não tenho mais essa constante, que o desapego é cruel mas necessário.
Ninguém me conhece como você meu irmão fraterno, e seus ouvidos me fazem falta, muita.
É engraçado pensar que, apesar dos nossos preconceitos, e divergências (quantas!) o respeito sempre foi o grande compensador e que nos manteve unidos por todas esses anos loucos que passamos dividindo o mesmo espaço.
Não sinto uma dor dilacerante, sinto apenas que você me faz falta e que o meu psicólogo favorito poderia estar do meu lado com mais frequência do que tem estado, e a culpa, em parte, é minha pois o deixei de lado.
Sinto sua falta, meu caro amigo.